sexta-feira, 6 de março de 2009


todas as quartas às 15h ela costumava passar naquela rua

a caminho da casa da sua avó, ia contente, com seus fones

no ouvido, seu cabelo no rosto e sua cabeça nas nuvens.

e ele sempre estava lá, em sua janela esperando ela passar

e assim que a via entrar na rua, gritava e tentava ao maximo chamar a antenção da moça.

ela que sempre tão distraida andava, se assustava todas as vezes que o rapaz fazia isso.

perguntava quem era ele que ela nem conhecia para fazer isso a ela e chigava até as 10 gerações passadas do pobre garoto.

e todas as quartas essa cena se repetia quase como um ritual,

lá estava a moça, lá estava o rapaz.

certa quarta a mãe do tal moço passou mal e ele relutou muito antes de leva-lá até o hospital

pois saberia que não chegaria a tempo de ver a moça, mas com sua mãe no estado que se

encontrava ele não podia mais esperar.

foi então correndo ao hospital, fez todos os procedimentos com muita pressa, até que olhou no rélogio que já marcava 15:05, sentou e chorou desesperadamente.

todas as quartas o trem cruzava pontualmente às 15h a rua Jaime balão e a menina tão distraida

com seus fones, cabelos e pensamentos nunca tinha reparado e todas as quartas aquele moço que ela tanto chingava

salvava sua vida e ela nem notava.


2 comentários:

  1. Porra, que massa.
    Muito legal, surpreendente.
    Na ultima frase o texto ganha sentido, inovador.
    =)

    adorei o tamplete do blog, você que fez?

    beijos,
    passe lá: http://desnecessarioporemvalido.blogspot.com

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