segunda-feira, 20 de abril de 2009

a rua era de um amarelo tão bonito
no céu as estrelas que teimavam em ficar lá
mesmo com aquelas nuvens escuras cheias de água
brilhavam mais do que
o normal
a água caia de levinho sobre minha cabeça
e o vento gelado fazia meu corpo arrepiar.
sentia uma felicidade indescritivel
e continuava meu caminho até a casa da minha amada
com uma rosa na mão, que estava toda desmantelada já
e isso pouco importava, pois imaginava seu sorriso ao pegar aquela rosa
que já nem era tão mais rosa.
em uma das esquinas estava ela lá, uma garotinha que devia ter seus 10 anos
e só de olhar dava para dizer que já tinha vivido mais do que
velhas senhoras.
as teimosas estrelas já tinham desistido de lutar contra as escuras nuvens
e tinham se escondido delas e de nós.
a menininha sentada na calçada, com sua roupa, seu corpo e sua alma toda molhada
não sei dizer se era de chuva ou de lágrima
olhava para o céu, com um olhar tão puro e tão desesperado, do qual nunca tinha vito igual.
me aproximei e perguntei o que tinha acontecido e onde estavam os seus pais
ela nada me respondeu, sentei ao seu lado e voltei a fazer as perguntas
foi então quando sem deixar de olhar para o céu ela me respondeu:
- minha mãe foi morar no céu esta tarde e antes de ir ela me disse para procurar no céu uma estrela brilhante e pequena,
que seria ela e que eu nunca estaria sozinha nas noites que eu tanto tenho medo, então eu estou aqui, esperando, mas acho
que ela esqueceu e essa noite no céu não tem estrelas, só choro. estou sozinha, estou com medo, mas o que mais tenho é saudade.
como em um passe de mágica toda a felicidade que sentia e a beleza que tinha nas cores, na noite, na rua vazia, e na chuva
se foi e tudo se transformou em choro, até o céu chorava pela pobre menina.
entre lágrimas eu lhe disse:
- não se preocupa, ela tá sempre com você, ela não esqueceria nunca de ti, o céu hoje ficou triste, por que você está triste,
começou a chorar e nem deixou as estrelinhas brilharem, quando você estiver feliz, ele vai sorri e as estrelas vão brilhar contentes.
ela só me olhou, então levantou e entrou em uma casinha que estava atrás de nós e tinha uma senhora na janela.
continuei meu caminho e minha vida
e as noites se seguiram belas e cheias de estrelas brilhantes no céu, quando chovia sabia que ela estava triste naquela noite.

sábado, 18 de abril de 2009


me peguei na janela olhando a chuva cair e esperando o telefone tocar
com tua voz do outro lado da linha dizendo:
- olha, amor, tá chovendo!!! não é bonito? eu fico tão feliz quando chove.
sem conseguir respirar de tão rápido que fala e fazendo aqueles barulhinhos estranhos
que você faz quando está bem feliz.
e só depois de algum tempo lembrei que o telefone não tocaria, que já não te tenho mais.
você já não se importa se eu vejo a chuva cair e foi então ao lembrar disto
que aquele vazio, o mesmo que senti ao ouvir teu adeus, tomou todo meu corpo e eu fique inerte a mim mesma, continuava ali, parada naquela janela, parada em mim, parada em você, sem conseguir me movimentar, ir em frente.
e você? será que você ainda olha a chuva? será que ainda lembra de mim?
não saber doí mais que não ter.
já faz tempo que você foi embora e ainda esqueço que você já não está mais em mim, ou me obrigo a esquecer?
a chuva parou, interfone toca, é o porteiro com as cartas
as jogo num canto qualquer, vou tomar meu banho e a vida segue...

terça-feira, 24 de março de 2009


Passava meus dias tranquilo com a certeza que
quando a noite caisse ela estaria lá.
assim que subia as escadas
o cheiro do seu perfume vinha entrelaçado na sua fumaça,
meu coração batia mais rápido numa calma que eu nunca havia sentido antes,
minhas pernas tremiam e minhas mãos suavam,
mas uma paz que chegava até ser intrigante tomava todo meu ser.
me aproximava, acendia também o meu cigarro e nada falavamos.
ela em uma ponta, eu em outra
imaginando como seria ter aquela mulher para mim.
como o seu tom de voz perto do meu ouvido faria arrepiar toda a minha pele,
como seu toque poderia ser acolhedor e como ela era a perfeição em forma de mulher.
seu nome só sabia porque um dia passará no corredor uma menina atormentaga gritando:
- Leticia, Leticia, o pen drive não está abrindo o trabalho!! a aula é daqui a 2 minutos.
e as duas sairam correndo para resolver o problema.
e assim, os nossos dias iam se seguindo, sempre ela numa ponta e eu na outra.
quando algo acontecia e eu me atrasava para aula era um grande tormendo, o fato de não poder ver aquela moça, que em meus pensamentos eu chamava gentilmente de lê, de não olhar como ela segura o cigarro, como ela cruza as pernas, como vez ou outra olha o relogio sem perceber na verdade que horas são, me deixava completamente desnorteada, o dia seguinte custava a passar até eu poder enfim encontrar com a minha menina.
vez ou outra alguém teimava em atrapalhar o nosso bailar de olhos e se juntava a nós acendendo um cigarro ou trocando palavras que eu pouco ouvia e sem paciência logo ia para a sala.
uma ou duas vezes me arrisquei a falar com ela, dei um boa noite e tudo q tive foi um aceno e um leve sorriso que não me deixou dormir aquela noite. outra vez pedi o seu isqueiro e um "por nada" eu ouvi dela, esse foi pior ainda, ouvir palavras dela direcionadas a mim, foi a coisa mais sublime para o meu pobre ser.
quase um ano se passou, e o meu amor cada dia era maior, planos e planos eu tinha com aquela mulher e ela nada sabia.
mais um periodo estava chegando ao fim e as ultimas férias tinham sido horriveis por não ter ela todas as noites, tentava chegar o mais cedo e só saia de lá quando ela ia para a sua sala para compensar o tempo que ficaria sem ver o meu amor.
certo dia, deixei minha bolsa na janela enquanto falava com um amigo, quando voltei
Leticia já não estava mais lá, então fui para minha aula, abri meu caderno
e encontrei uma carta, meu nome na frente com uma caligrafia caligrafia que não conhecia, porém bela, abri e tive o maior presente que alguém já teve na vida.
a carta era dela, sim, da Lê. ela dizia o quanto me amava e o quanto sentiria saudades de mim, que apesar de nunca termos dialogado, como o nosso amor não existia igual e que ela estava de partida naquela noite para o canadá, que moraria lá com sua imrã mais velha, que por lá já estava há alguns anos. quardei aquela carta como quem quarda um tesouro e a felicidade de ter tido aquele amor tão grande carrego comigo até hoje.
quando eu conto essa história, muitos dizem que eu fui covarde, que eu não soube ter aquele amor, que foi o grande amor da minha vida.
simplesmenre sorrio e não rebato, tão pouco sabem ele que eu não fui covarde e que provavelmente ela nem era tão perfeita como eu imaginava e nosso relacionamente não seria tão durador, poderia também ter casao com ela, mas mesmo assim o nosso amor não seria tão grande como é, todos os dias me lembro dela, do seu sorriso, dos seus gestos e a cada dia a amo mais, o amor mais puro e real que alguém poderia dar a outra pessoa.
ela tem esse meu amor todos os dias e
passo meus dias tranquilos aqui por saber
que onde quer que ela esteja ela também me dar esse amor.

sexta-feira, 13 de março de 2009




sinceramente, eu tenho pena daqueles que andam por aí apenas atrás de respostas e se esquecem que o que realmente importa são as perguntas, pois são esses que irão definir o amor da maneira mais bonita, mas nunca terão sentindo o que é de fato.







e um dia, bem no inicio
me disse...





"A gente se encontrou agora para fazer o futuro e deixar no passado o que nos trouxe até aqui. Você me disse que era pra ser assim, em algum ponto a gente ia se cruzar. Eu me apaixonei por você em voz e texto. Mas a paz veio com seu olhar, nossos sorrisos entre beijos. Entre a gente não houve tempo, mas momentos. E aprendi a amar sem medos ou cuidados, querendo apenas você perto. Perdendo as contas da saudade, totalmente em dívida com a razão. Que culpa tenho se não mando nem no meu coração, que resolveu te escolher como dona, e bater mais alto, mais forte, chamando teu nome, tão de longe, bem de pertinho. Que palavras usar pra dizer o quanto te quero, o quanto preciso? Nós temos os nossos dias, números da loteria, temos nossa estrela por nós. Você tem seus olhares, seu cheiro que me faz pensar que tudo está no lugar certo, no tempo certo. Eu tenho meu sorriso que te alegra e que é só seu. E temos todo um livro em branco pra encher com nossa história, nossas fotografias de memórias. Com tudo isso, quero dizer que te amo, que te quero e que vejo em seus medos, inseguranças, ciúmes, olhares, cheiro, toques, lembranças, saudades, minha felicidade constante. Vou seguir repetindo:


...sempre mais...


e aos 3 meses
me disse...

Você é a melhor, sabia? Incrível como minha vida mudou nesse tempo, como as coisas passaram a dar certo, e como os problemas parecem tão pequenos. Há 3 meses eu tenho você pertinho de mim e eu só posso te agradecer por me fazer tão feliz, amor. Nada no mundo supera o que eu sinto quando te vejo, quando sinto seu cheiro, quando você sorri, a euforia e a calma que seu beijo e seu toque me trazem...e eu me atrapalho muito tentando explicar tudo isso, mas eu amo tudo em você: seu jeito, seu modo de pensar...tão lindo quando você para meio assim, pensando, olhando pro nada...amo que a gente se comunique tão bem, mas que tantas vezes nem precise de palavras...e é só te ouvir dizer que me ama que eu derreto completamente. Mesmo que eu esteja triste ou chateado...nada mais importa...E eu tô aqui escrevendo um monte só pra dizer que te amo, que eu quero casar 10 vezes com você e quero nossa casa, nosso gramado, nossas viagens, o roberto, a lana...(Fly) eu te amo tanto, amor! mais que tudo
...sempre mais...

já se passaram quase 9 meses e tudo continua assim,

vc me diz, eu te digo e assim somos as pessoas mais felizes do mundo!

eu te amo.

sexta-feira, 6 de março de 2009


todas as quartas às 15h ela costumava passar naquela rua

a caminho da casa da sua avó, ia contente, com seus fones

no ouvido, seu cabelo no rosto e sua cabeça nas nuvens.

e ele sempre estava lá, em sua janela esperando ela passar

e assim que a via entrar na rua, gritava e tentava ao maximo chamar a antenção da moça.

ela que sempre tão distraida andava, se assustava todas as vezes que o rapaz fazia isso.

perguntava quem era ele que ela nem conhecia para fazer isso a ela e chigava até as 10 gerações passadas do pobre garoto.

e todas as quartas essa cena se repetia quase como um ritual,

lá estava a moça, lá estava o rapaz.

certa quarta a mãe do tal moço passou mal e ele relutou muito antes de leva-lá até o hospital

pois saberia que não chegaria a tempo de ver a moça, mas com sua mãe no estado que se

encontrava ele não podia mais esperar.

foi então correndo ao hospital, fez todos os procedimentos com muita pressa, até que olhou no rélogio que já marcava 15:05, sentou e chorou desesperadamente.

todas as quartas o trem cruzava pontualmente às 15h a rua Jaime balão e a menina tão distraida

com seus fones, cabelos e pensamentos nunca tinha reparado e todas as quartas aquele moço que ela tanto chingava

salvava sua vida e ela nem notava.


sábado, 28 de fevereiro de 2009



tudo que eu queria hoje era um quarto,
uma cama, alguns cobertores,
uma tv ligada em qualquer canal, um som tocando nossas musicas preferidas
ou simplesmente ficar ouvindo o som da chuva,
você, sua voz me chamando baixinho de amorzinho,
sua mão tocando meu rosto e toda paz do mundo ao ver seu sorriso.
é querer muito?