
"como se fosse uma fuga
ele pegava o pincel e ali ficava horas
em frente ao seu cavelete que permanecia branco.
há algum tempo atrás adiantava sentar ali e esquecer,
hoje ele sabia que o que pensava antes pouco importava.
agora só seu rosto permanecia em sua mente,
pensou que talvez não soubesse mais fazer arte,
mas como um sopro, lhe veio a mente
a arte maior, a que todo dia está presente
e que pouco notamos.
finalmente ele percebeu a arte de viver
e assim pegou aquele pincel e fez seu melhor quadro,
desenhou rosto daquela moça que ele tanto amava,
embrulhou para presente, pôs o quadro embaixo do braço,
abriu a porta com a força e a coragem de um personagem
e foi pedir a sua mão.
aquele pobre artista, agora vivia e nada mais importava...
- simplesmente não passa de atuação."